20 set 2017

Site ajuda agricultor na escolha de árvores nativas da Mata Atlântica

Por Embrapa Agrobiologia*

Uma ferramenta que auxilia o agricultor a escolher árvores nativas para inserção em sua propriedade, de acordo com sua condição de relevo e solo. Esse é o Sistema de suporte à inserção de árvores na agricultura da Mata Atlântica. Resultado de 12 anos de estudos em fragmentos florestais, em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro, o site alia o conhecimento científico dos pesquisadores ao tradicional dos agricultores locais. “Existe uma mística de que agricultores não gostam de árvores ou que não sabem conviver com espécies arbóreas, e isso não é verdade. Precisamos efetivamente acreditar no apego que eles têm às espécies arbóreas como também no conhecimento que eles possuem”, explica a idealizadora do site, Mariella Uzeda, pesquisadora da Embrapa Agrobiologia (RJ).

A intenção é que o produtor consiga aliar o plantio de árvores nativas ao incremento de renda. Por isso, o estudo contempla espécies com potencial madeireiro, alimentício, melífero e ainda aquelas que contribuem para enriquecer a biodiversidade e as que contribuem para a fertilidade do solo. “Esperamos atender à demanda de muitos agricultores familiares de plantar árvores para diferentes fins lucrativos e que possam dar às propriedades maior poder de resposta a eventuais pragas, também aumentando a quantidade de polinizadores. Isso é muito importante em processos de transição agroecológica, em sistemas produtivos mais sustentáveis e mais amigáveis à biodiversidade”, acrescenta a pesquisadora.

Os pesquisadores sistematizaram as informações da pesquisa, criando um site de fácil acesso e entendimento pelo agricultor. Para chegar às espécies mais indicadas para a região, o sistema começa solicitando a condição de drenagem da área, ou seja, se tem uma boa drenagem ou se é suscetível a alagamentos. Em seguida, pergunta se o relevo é plano ou levemente ondulado, para depois pedir o tipo de solo. Por fim, com base nessas informações, a ferramenta fornece ao agricultor cinco listas de espécies de árvores: madeireiras, alimentícias, melíferas, bioatrativas e para fertilização do solo. Cada espécie apresenta uma ficha com informações que vão desde o seu nome popular a algumas características, como sua utilidade e distribuição geográfica.

O sistema foi elaborado com base nas características ambientais e de ocorrência de espécies do assentamento São José da Boa Morte, em Cachoeiras de Macacu (RJ), onde são desenvolvidas pesquisas pela Embrapa. No entanto, ainda que seja fundamentado em um conteúdo referente à Bacia Guapi-Macacu, no Estado do Rio de Janeiro, o site traz informações das espécies e suas respectivas áreas de ocorrência, podendo ser referência para inserção de árvores em outras regiões do bioma. “Uma vez que se tenha um solo parecido com os ali descritos, dentro da área de ocorrência da espécie, é possível utilizá-la sem nenhum problema”, enfatiza Uzêda.

Histórico

O trabalho desenvolvido com a comunidade teve início em 2005, quando a intenção era verificar o impacto da agricultura sobre os fragmentos florestais da Mata Atlântica local. “Fizemos levantamentos fitossociológicos em áreas que eram circundadas por agricultura e por pastagem. E, no fim, achamos que ter apenas a resposta sobre as áreas que estavam contaminadas com adubos era pouco para o levantamento. Demos início, então, a um estudo bibliográfico e etnobotânico, com o objetivo de analisar as potencialidades das árvores, não só seu potencial econômico, mas também sua capacidade de adaptação a áreas externas às áreas de mata”, conta a cientista.

De acordo com ela, a demanda por informações sobre espécies arbóreas nativas que pudessem ser inseridas nas propriedades partiu dos próprios agricultores, cujo conhecimento foi fundamental para a construção do sistema. “Eles conhecem muito mais de árvores do que a gente imagina. E não há dados acadêmicos suficientes sobre o tema. Conhecemos pouco sobre nossa biodiversidade, e buscamos na comunidade essas respostas. Foram os produtores da região que nos indicaram quais árvores suportavam diferentes tipos de solo quando fora das áreas de mata”, explica.

A ferramenta foi inicialmente elaborada com base em levantamentos feitos em nove fragmentos florestais da região. Hoje, já há dados sobre outros seis fragmentos – e a expectativa é que eles sejam utilizados para ampliar a base do site em breve. “O que a gente sempre quis foi tornar os resultados úteis e funcionais para os agricultores, produzindo um sistema que pudesse atendê-los e que pudesse ser facilmente consultado”, revela a pesquisadora. Segundo ela, já há pelo menos outras 130 espécies para serem analisadas e possivelmente inseridas no site.

Além disso, Uzêda afirma que o site pode comportar atualizações, inclusive sobre outros biomas. “A ampliação pode se dar, por exemplo, a partir de parcerias com outras instituições que tenham esse perfil de informação e estejam dispostas a fazer levantamentos com agricultores locais. É possível preencher a ferramenta com conteúdos de solos e de arbóreas de qualquer região”, salienta.

O estudo que resultou no site Sistema de suporte à inserção de árvores na agricultura da Mata Atlântica é resultado de uma parceria da Embrapa Agrobiologia com a Embrapa Solos e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ), com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).


20 jun 2017

Leguminosas eliminam aplicação de nitrogênio em florestas de eucalipto

Por Embrapa Agrobiologia*

Foto: Ana Lúcia Ferreira

Plantar leguminosas em consórcio com eucalipto elimina a necessidade de aplicação de adubo nitrogenado. Foi o que demonstrou estudo conduzido no campo experimental da Embrapa Agrobiologia (RJ). Os cientistas analisaram o impacto da leguminosa arbórea Acacia mangium na plantação de florestas de eucalipto. A produção de madeira foi similar à obtida com o monocultivo que recebeu adubação. A economia com fertilizantes foi em torno de R$ 500 por hectare, considerando uma aplicação de 100 quilos de nitrogênio por hectare nos plantios. “Ao combinar essas duas espécies, temos um custo menor de implantação, aumentamos a produção de biomassa e a diversidade de formas de vida no solo”, explica Guilherme Chaer, pesquisador da Embrapa e um dos responsáveis pelo estudo.

Além da economia com fertilizantes, outro fator positivo desse consórcio é que a curva de incremento em diâmetro das árvores mostra que o eucalipto não apresenta sinais de estagnação até os 60 meses, diferentemente do monocultivo. “Consequentemente, a idade de corte pode ser estendida, permitindo a produção, em prazo relativamente menor, de peças de eucalipto apreciadas pelo mercado de madeira serrada, no qual toras com maior diâmetro são requeridas e alcançam maior valor comercial”, explica o pesquisador.

Os pesquisadores constataram, ainda, uma série de benefícios ecológicos, como o aumento do carbono, da fertilidade e da diversidade de microrganismos do solo. “Em parceria com pesquisadores do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, conseguimos constatar que, sob condições de consórcio, há uma maior diversidade de bactérias e fungos, que acelera a ciclagem de nutrientes do sistema, retroalimentando a floresta, que, por sua vez, cresce de forma mais eficiente”, argumenta Chaer.

A pesquisa comparou quatro tipos de manejo ao longo de seis anos: monocultivo de eucalipto tradicional com uso de adubo nitrogenado, semelhante a 99% dos plantios do País; monocultivo de eucalipto, mas sem uso de adubo nitrogenado e dois consórcios de eucalipto com a Acacia mangium sem uso de adubo nitrogenado, porém com variação na densidade de plantas por hectare. “Logo nos primeiros anos do experimento, percebemos os benefícios da leguminosa sobre o crescimento do eucalipto, que evoluía tão bem quanto na área adubada”, relata Chaer.

A Acacia mangium é uma leguminosa arbórea originária da região nordeste da Oceania, mas muito usada no Sudeste Asiático para diversos fins. No Brasil, a espécie se espalhou por vários estados, especialmente por sua rusticidade e aptidão de se desenvolver em ambientes muito degradados. Mas o impacto do plantio consorciado de eucalipto com acácia era, até então, pouco conhecido. A pesquisa revela que, em solos pobres e de baixo nível de fertilidade, esse sistema de plantio apresenta os melhores resultados, ou seja, onde as espécies demonstram mais “complementariedade” do que “competição” entre elas. “A capacidade de fixar o nitrogênio do ar da espécie Acacia mangium é um exemplo dessa interação, e faz com que o aporte desse nutriente seja muito alto nos dois primeiros anos do plantio, o que acaba suprindo as plantas até o final do ciclo”, explica o pesquisador Fabiano Balieiro, da Embrapa Solos.

Potencial para pequenos produtores

Os pesquisadores avaliam que o consórcio tem potencial de uso para o pequeno produtor que planta eucalipto para fins locais de produção de energia e comércio de madeira, por exemplo. “Em solos pobres em nutrientes, como áreas de morros no Rio de Janeiro, o consórcio eucalipto/acácia pode resultar em florestas mais produtivas do que em um sistema de monocultivo de eucalipto, para o qual seria ainda preciso um aporte expressivo de nitrogênio via adubação”, afirma Chaer.

Estudos de viabilidade do consórcio em larga escala também estão sendo conduzidos por uma rede de pesquisa que envolve outras instituições além da Embrapa, como a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), o Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (CIRAD/França), além de diversas empresas do setor florestal.

Segundo Chaer, apesar dos benefícios conhecidos do consórcio, sua adoção por grandes empresas do setor florestal é complexa, pois exige adaptações no processo produtivo que vão desde equipamentos utilizados na colheita até os processos industriais envolvidos na produção da polpa de celulose e do papel, por exemplo.

“Outro gargalo é a obtenção de materiais genéticos superiores de Acacia mangium, os quais poderiam ser obtidos no Sudeste Asiático, região que tem um histórico de melhoramento genético da espécie, como ocorreu no Brasil para o eucalipto”, ressalta Balieiro. Ele afirma que no Brasil pouco se conhece sobre o potencial de uso dessa leguminosa. “A Acacia mangium pode representar novas divisas para o setor florestal, especialmente ao pequeno produtor. Para isso, é interessante que o País invista em parcerias com centros de pesquisas, universidades, empresas e indústrias ligadas ao setor florestal asiático e da Oceania.”


10 set 2015

Esalq promove o IX Simpósio de Práticas de Implantação e Manejo Florestal

* Da Esalq

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Foto: Wenderson Araújo

Produtores, engenheiros, técnicos, empresas públicas e privadas, administradores e estudantes do setor agrícola e florestal estarão reunidos, entre os dias 17 e 19 de setembro, no IX Simpósio de Práticas de Implantação e Manejo Florestal. O evento objetiva realizar a atualização de informações sobre o plantio de eucalipto por meio de palestras, discussões e minicursos.

Entre os assuntos discutidos estarão os múltiplos usos da cultura do eucalipto, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Programa de Regularização Ambiental (PRA), reserva legal, Áreas de Preservação Permanentes (APP), produtos não madeireiros ligados à floresta, técnicas modernas e atuais para a produção de florestas e níveis de planejamento e rentabilidade do ramo florestal/agrícola.

A realização é do Grupo de Estudos Luiz de Queiroz (GELQ) e Grupo Florestal Monte Olimpo (GFMO), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ).

As inscrições podem ser realizadas até o dia do evento, por meio da Fealq, no link http://fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=287, onde a programação pode ser conferida. Mais informações pelo telefone (19) 3374-7611.

Serviço:
IX Simpósio de Práticas de Implantação e Manejo Florestal
Data: 17 a 19 de setembro
Local: Anfiteatro do Pavilhão de Engenharia da ESALQ
Horário: 7h30 às 17h30 | 8h às 17h | 8h às 16h30 (por dia)


31 jul 2015

Dia de Campo Florestal vai apresentar alternativas para produtores rurais

* Do Painel Florestal

Floresta plantada

Promovido pela Faculdade Ciências Agronômicas (FCA), o evento marca os 50 anos da Unesp e vai abordar soluções e alternativas para pequenos e médios produtores

Plantar floresta é um bom negócio. Essa é a conclusão dos especialistas que vão apresentar técnicas e novidades para pequenos e médios produtores rurais no 11º Dia de Campo Florestal que acontece no próximo dia 26 de agosto em Botucatu, cidade paulista localizada a 220 quilômetros de São Paulo.

O evento faz parte das comemorações dos 50 anos da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho), realizadora do dia de campo florestal mais tradicional do país.

Por ser um investimento de longo prazo, que permite ao investidor diversificar suas atividades na propriedade rural, o plantio de espécies como eucalipto, mogno africano, cedro australiano e pinus pode ser uma renda extra ou até mesmo o principal negócio do produtor.

E é nesse sentido, o que o 11º Dia de Campo Florestal terá, entre outras novidades, especialistas em manejo florestal para múltiplo uso, uma técnica que permite a comercialização para diversas aplicações como geração de energia, produção de celulose, madeira serrada e painéis.

“Hoje existe material genético já estabelecido no mercado para obtenção de uma madeira muito mais versátil que oferece ao produtor, opções na hora de vender. Além disso, as técnicas de manejo possibilitam um melhor aproveitamento das áreas e, com isso, otimizar também a rentabilidade”, ressalta Guto Freitas, da Apoio Florestal, um dos co-realizadores do Dia de Campo.

Quem prestigiar o evento vai conferir de perto as explicações e demonstrações com picador móvel de madeira; desrama semiautomática; manejo integrado de pragas; desbrota; plantio de mogno africano, cedro australiano, eucalipto e pinus; inventário florestal e combate a formigas.

Pela manhã, antes da ida ao campo, palestras como “Novas tecnologias para produção florestal” com o coordenador de silvicultura da Klabin, Maurício Motter e “Produtividade florestal” com o gerente florestal a Lwarcel, Ariel Fossa vão apresentar cases de sucesso e boas práticas.

Para o professor doutor da FCA, Saulo Guerrra, que coordena o evento, a expectativa é muito positiva. “Acreditamos que a edição desse ano repetirá o sucesso dos anos anteriores com a presença do público da região, mas também de outros estados”, ressaltou.

Serviço:

As inscrições podem ser feitas no site http://www.diadecampoflorestal.com.br. O valor é de R$ 150 para profissionais e R$ 75 para estudantes.


07 jul 2015

DIAS DE CAMPO MOSTRAM EXEMPLOS BEM SUCEDIDOS DE PRODUÇÃO FLORESTAL COM FINS COMERCIAIS

Brasília (03/07/15) – O Time Agro Brasil, uma parceria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), promove nos dias 8, 10, 14 e 17 de julho, na Bahia, quatro dias de campo para mostrar exemplos bem sucedidos de atividade florestal comercial para usos múltiplos e de gestão eficiente da propriedade rural. O evento possui a finalidade de promover a produção de madeira para uso múltiplo e implantação de polos madeireiros em quatro regiões produtoras da Bahia, orientar e capacitar o produtor rural na modernização da sua produção, sempre com foco na sustentabilidade e conta com o apoio da Bayer Cropscience.

A expectativa é de reunir 200 produtores por região, contemplando um total de 800 produtores atendidos nos dias de campo. Em cada encontro, eles passarão pelo treinamento do Programa Mais Árvores, uma iniciativa da CNA para incentivar o produtor rural a investir no plantio e manejo de florestas comerciais para usos múltiplos (madeireiros e não madeireiros). A capacitação terá dois dos cinco módulos do programa: manejo florestal para usos múltiplos da madeira e gestão da propriedade rural, com a participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), federações de agricultura e pecuária e sindicatos rurais.

O primeiro dia de campo será realizado no próximo dia 8, no município de Alagoinhas. No dia 10, o encontro será em Barreiras, durante a EXPOBARREIRAS. Nos dias 14 e 17, os eventos acontecem em Eunápolis e Vitória da Conquista. A programação matutina nas quatro regiões terá workshops, com palestras sobre os seguintes temas: Time Agro Brasil, o Programa Mais Árvores e Silvicultura como Oportunidade de Negócio e Gestão da Propriedade Rural.

À tarde, serão feitas visitas técnicas a propriedades das quatro regiões, uma por município. Os locais escolhidos possuem aptidão florestal para plantio e mercado para usos múltiplos da madeira (móveis, madeira serrada para construção civil, energia de biomassa, carvão vegetal, celulose e papel, postes, cercas e moirões), entre outros.

Eventos
Dias de Campo – Time Agro Brasil

Programação dos dias de campo:
7h – 8h: Deslocamento da caravana dos produtores para a propriedade parceira.
8h – 8h30: Credenciamento e entrega dos kits.
8h30 – 9h: Café da manhã de boas-vindas.
9h – 12h20: Workshop
– Time Agro Brasil. Responsável: Emanuela Da Rin Paranhos
– Programa Mais Árvores. Responsável: Camila Braga/CNA
– Silvicultura como Oportunidade de Negócios; Manejo para usos múltiplos e SAF/ILPF; Solos e variedades florestais. Responsável: Pedro Francio Filho/Unisafe Consultoria
– Gestão da propriedade rural; Rentabilidade de madeira para usos múltiplos; Linhas de crédito. Responsável: Diego Oliveira/Centro de Inteligência em Mercados (UFLA).
12h20 – 13h30: Almoço e network
14h – 17h30 – Visita técnica.

Regiões abrangidas:
1. 08 de julho – Litoral Norte (Alagoinhas);
2. 10 de julho- Oeste (Barreiras);
3. 14 de julho- Sul (Eunápolis);
4. 17 de julho- Sudoeste (Vitória da Conquista).

Inscrições
As vagas são limitadas e as inscrições – gratuitas – devem ser feitas previamente na ABAF pelos telefones (71) 3342-6102/ 8793-1016/ 8792-4966 ou através do e-mailabaf01@terra.com.br.

O convite inclui transporte (ida e volta), café da manhã e almoço, além do material didático.

Assessoria de Comunicação CNA
telefone: (61) 2109 1419
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