16 jan 2018

Aplicativo mostra sistemas ILPF em realidade aumentada

Por Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Agrossilvipastoril*

A Rede ILPF acaba de lançar o aplicativo “Maquete virtual de ILPF em realidade aumentada”. A ferramenta mostra todas as etapas de um sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), as possíveis configurações que podem ser adotadas, as interações entre os componentes e os benefícios dessa estratégia produtiva.

Ao abrir o aplicativo, o usuário pode interagir escolhendo em um menu as diferentes fases de um sistema de integração. Iniciando em uma pastagem com baixa capacidade de lotação, a ferramenta mostra a evolução da área com o uso da agricultura e posteriormente retornando à pecuária. É possível também incluir árvores no sistema, e acompanhar o crescimento delas, bem como os primeiros desbastes.

Em outro menu, o usuário pode ver as transformações que ocorrem no perfil do solo, o comportamento das raízes de cada componente, a ciclagem de nutrientes e a dinâmica de água e de gases causadores do efeito estufa. Além dos gráficos, o aplicativo traz áudio explicativo em português e em inglês.

O aplicativo está disponível para dispositivos que utilizam o sistema Android e IOS.

Realidade aumentada

A realidade aumentada é uma tecnologia que permite a união do mundo virtual com o real. Por meio de um marcador, ou target, e um dispositivo móvel com um aplicativo específico, é possível gerar uma imagem virtual e interagir com ela no ambiente real.

Para utilizar é preciso baixar gratuitamente o aplicativo nas lojas virtuais e também baixar no site uma imagem, que funciona como target, ou marcador, e imprimi-la. É sobre ela que, ao apontar a câmera do celular ou tablet, o usuário vê a projeção em realidade aumentada da maquete.

Aplicação para educação e assistência técnica

A iniciativa da produção da maquete virtual de ILPF foi da equipe de comunicação da Embrapa, responsável pela divulgação da tecnologia ILPF. Após primeira experiência com a realidade aumentada abordando cenas isoladas de um sistema produtivo, pensou-se em utilizar a tecnologia para fazer algo mais completo e que representasse todo o sistema ILPF.

A ideia é que a nova ferramenta possa ser usada em diferentes contextos e por públicos diversos.

“Pensamos em um formato que pode ser útil tanto para a divulgação da tecnologia em feiras e exposições, quanto em salas de aula, palestras e até mesmo no contato de assistência técnica com o produtor rural”, explica o jornalista da Embrapa Agrossilvipastoril Gabriel Faria, um dos idealizadores do aplicativo.

Para o jornalista da Embrapa Milho e Sorgo e líder do projeto de comunicação para a transferência de tecnologia em ILPF, José Heitor Vasconcelos, o aplicativo será uma forma de facilitar o entendimento das pessoas sobre o que é o sistema ILPF, suas configurações e os benefícios que traz para quem adota.

Maquete virtual é mais prática e versátil

“O aplicativo nos permite visualizar os impactos do sistema ILPF, tanto por cima quanto por baixo da terra. Isso facilitou em muito o entendimento de todo o processo e também dos seus benefícios. Antes, usávamos três maquetes físicas para mostrar a evolução de uma propriedade que adotava o ILPF. Além de frágeis, essas maquetes eram limitadas e de transporte caro e difícil. Com o aplicativo, temos maquetes virtuais, interativas e prontas para utilização simultânea em qualquer lugar do País (e do planeta) a um custo muito baixo”, explica Vasconcelos que também participou da concepção do app.

A primeira apresentação do aplicativo foi feita em novembro, durante a Conferência das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP 23) realizada na Alemanha. Na ocasião a ferramenta foi demonstrada no Espaço Brasil e em reuniões com possíveis parceiros e financiadores dos trabalhos da Rede ILPF.

O pesquisador da Embrapa e presidente do Conselho Gestor da Rede ILPF, Renato Rodrigues, considera o aplicativo uma inovação na forma de apresentar a ILPF, facilitando a compreensão do que é esse sistema produtivo.

“A vantagem desse aplicativo é o uso de uma tecnologia moderna e inovadora para mostrar a ILPF de um modo mais didático e até um pouco lúdico. É uma maneira rápida de mostrar todos os benefícios da tecnologia, de uma forma muito mais agradável do que um artigo científico ou uma apresentação convencional”, destaca Renato Rodrigues.

Para ele, a ferramenta será importante também na captação de recursos internacionais e na divulgação da ILPF junto a públicos que ainda não a conhecem a integração ou que têm pouco contato com o setor agropecuário.

O uso na transferência de tecnologia é outro ponto alto da ferramenta. “Ela pode ser algo de rápida visualização, que aguça a curiosidade das pessoas. Você pode usar isso com produtores, com técnicos, com estudantes de todos os níveis”, acredita Rodrigues.

Baixe aqui o aplicativo na plataforma Android e aqui para usuários de sistema iOS.


22 nov 2017

Assistência Técnica e Gerencial do SENAR muda realidade de produtor em Mato Grosso do Sul

*Por Sistema CNA/SENAR 

 

Campo Grande, MS (21/11/17) – A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) mudou os rumos da propriedade da família Vilela Assunção em Paranaíba, Mato Grosso do Sul. Há quatro anos, os produtores Manoel Vital e o neto José Renato Vilela Assunção decidiram investir na recuperação de pastagens degradadas e entraram para o programa Mais Inovação, do SENAR/MS.

A Fazenda da família foi um dos destinos da comitiva do Projeto ABC Cerrado na segunda (20). Representantes do SENAR Nacional, SENAR/MS, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Embrapa e Banco Mundial visitaram a propriedade para conhecer in loco os resultados da Assistência Técnica e Gerencial.

A família Vilela tem 1,5 mil animais para recria e terminação. Começaram a recuperar a pastagem, inicialmente, em uma área de 48 dos 700 hectares da propriedade. Hoje, já são 350 hectares recuperados, com resultados que apontam pastagens mais vigorosas, animais mais sadios e um ciclo de engorda mais curto.

Os produtores entraram para o Mais Inovação depois de um dia de campo no município de Três Lagoas onde conheceram uma propriedade atendida pelo programa. Para José Renato Vilela Assunção, esse foi o pontapé para o sucesso da Fazenda Boa Esperança, propriedade da sua família.

Produtor José Renato Vilela Assunção

“Essa visita gerou curiosidade em nós e, a partir daí, decidimos investir. Nesses quatro anos de Assistência Técnica, tivemos excelentes resultados como ganho de peso dos animais e maior taxa de lotação dentro da propriedade, liberando automaticamente o restante da área para outros tipos de animais e também para aumento da qualidade das outras áreas”, explicou.

Na avaliação da Coordenadora da Área Técnica do SENAR/MS, Mariana Urt, o início da ATeG na propriedade da família Vilela Assunção foi um desafio, por ser o início de um processo de sucessão familiar.

“O neto estava disposto a inovar, mas o avô tinha certa resistência. Após o segundo ano de acompanhamento e resultados positivos o trabalho fluiu, mas sempre aliando novas tecnologias com a experiência do senhor Manoel. Essa visita que fizemos foi muito importante para eles, pois se sentiram valorizados e perceberam que realmente estão no caminho certo”.

O gestor do Projeto ABC Cerrado no SENAR Nacional, Mateus Tavares, destacou a importância de o produtor querer a inovação na propriedade para que os resultados apareçam. A Assistência Técnica e Gerencial é uma das etapas do projeto em cinco estados que ofertam o ABC Cerrado: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

“É preciso alinhar a Assistência Técnica com o trabalho do produtor, que precisa querer inovar. Assim, será possível alcançar resultados tão bons quanto o que observamos na Fazenda Boa Esperança”.

A comitiva visita nesta terça (21) uma outra propriedade, no município de São Gabriel do Oeste, para conhecer os resultados do Projeto ABC Cerrado.


16 nov 2017

SENAR apresenta resultados da segunda fase do ABC Cerrado

 

 O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) recebeu o novo gerente do Projeto ABC Cerrado no Banco Mundial, Maurízio Guadagni, na terça (14) para mostrar os resultados obtidos com o projeto.

O coordenador do ABC Cerrado no SENAR, Mateus Tavares, apresentou as formas de atuação do SENAR no Brasil e fez um panorama das tecnologias de baixa emissão de carbono: Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Florestas Plantadas e Sistema Plantio Direto.

Coordenador do ABC Cerrado no SENAR, Mateus Tavares

“A maior procura é pela capacitação em Recuperação de Pastagens Degradadas com 83% da demanda, seguida da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta com 11% do interesse dos produtores do bioma Cerrado”, explicou Tavares.

“Mais de 1.600 propriedades rurais de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Tocantins recebem a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR no projeto”, acrescentou Tavares.

Janei Resende

“Estamos satisfeitos com os resultados que conseguimos alcançar até o momento”, destacou Janei Resende, coordenadora de Projetos e Programas Especiais da Diretoria de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR.

A Diretora de Educação Profissional e Promoção Social do SENAR, Andrea Barbosa, explicou ao gerente do Banco Mundial que os Sindicatos Rurais são os principais parceiros do SENAR para a execução das ações nos estados.

“Eles conhecem as propriedades e as particularidades de cada local. Isso ajuda o SENAR a chegar aos produtores para oferecer as capacitações”, afirmou Andrea.

Andrea Barbosa

Ela explicou ao gerente do Banco Mundial é que a ideia é que o produtor participe das capacitações do ABC Cerrado, receba ATeG por um determinado período e, posteriormente, desenvolva as atividades agropecuárias com o conhecimento adquirido com o SENAR.

Maurízio Guadagni

Maurízio Guadagni afirmou que a proposta do projeto “é muito interessante”. “Vamos fazer tudo o que for possível para ampliá-lo e levar tecnologias para outras áreas”, destacou.

Saída a campo – No domingo (19), Guadagni segue em missão ao Mato Grosso do Sul junto com equipes do SENAR, do Ministério da Agricultura e da Embrapa para conhecer os resultados em campo.  Serão visitadas propriedades atendidas pelo Projeto ABC Cerrado e recebem a ATeG do SENAR há um ano.

As inscrições para as capacitações do Projeto ABC Cerrado continuam abertas e serão mais de 2.000 vagas em 2018.

Para informações sobre os pré-requisitos e efetivar a inscrição, acesse:

http://www.senar.org.br/pre-inscricao-do-processo-de-mobilizacao


20 set 2017

Sistema ILPF alcança produção de 40,6@/ha/ano

Por Portal DBO*

Número obtido pela Embrapa Agrossilvipastoril é quase 7 vezes maior do que a média nacional e 30% melhor do que os outros sistemas avaliados

Quão eficiente pode ser a produção em um sistema com integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF)? Uma pesquisa da Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop, MT) em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte) conseguiu alcançar uma média de produtividade quase sete vezes maior do que a nacional com bovinos Nelore. O sistema com lavoura de soja e consórcio milho-braquiária por dois anos, seguida por dois anos de pastagem com Brachiaria brizantha cv. Marandu, com linhas simples de eucalipto a cada 37 metros, resultou em 40,6 arrobas por hectare no ano. No ciclo passado, o mesmo sistema registrou 32@/ha/ano.

Além do ILPF, o estudo – que está em seu segundo ano – também avaliou sistemas com integração lavoura-pecuária (ILP), pecuária-floresta (IPF) e apenas pecuária. Estes registraram produção média de 30@/ha/ano (veja tabela no fim da matéria para detalhes). A média nacional é de 6@/ha/ano e a de Mato Grosso fica em 4@/ha/ano. “Esse experimento mostra que a pecuária pode ir muito além de onde está”, diz Bruno Pedreira, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril.

Entendendo os números – O resultado obtido na avaliação feita entre julho de 2016 e julho de 2017 mostrou como a intensificação da tecnologia usada na pecuária, com aumento de adubação e da suplementação proteinada, podem resultar em ganhos de produtividade. No ciclo 2 do experimento, a adubação passou de 50 kg/ha (NPK) para 100 kg/ha e a suplementação alimentar também dobrou, de 0,1% do peso vivo ao dia para 0,2%.

De acordo com Pedreira, apesar de resultar em maior produção de forragem em todos os sistemas, o aumento da adubação teve maior impacto na pecuária exclusiva e na IPF. Na pecuária, houve um aumento de 56% no acúmulo de forragem e na IPF de 36%, com ambos os sistemas produzindo cerca de 20 toneladas/ha por ano. Ainda assim, a produção na ILP (22 ton/ha) e na ILPF (25 ton/ha) foi maior. “No ano 1 já tínhamos um residual de adubação da lavoura na ILPF e na ILP. Então, eles já estavam produzindo bem. Quando colocamos 100 kg de NPK a capacidade de produção se mantém ou ainda incrementa. A pecuária e a IPF nunca foram lavoura antes, então quando entramos com esses 100 kg de adubação, a variação é maior do que nos outros sistemas”, explica.

Com a melhor disponibilidade de forragem e com o aumento da suplementação alimentar em todos os sistemas, o ganho de peso diário ficou, em média, em 735 g. Sendo assim, o pesquisador diz que o mais contribuiu para a diferença de produção entre os sistemas foi a maior capacidade de lotação do ILPF, que ficou em 3,47 UA/ha contra 3 UA/ha da IPF, 2,78 da pecuária e 2,66 da ILP. Havia uma expectativa de resultados melhores na integração lavoura-pecuária. Porém, por algum motivo que ainda precisa ser estudado, esse sistema foi mais suscetíveis ao ataque de cigarrinha do que os demais.

Na prática – Para o pesquisador, os dados obtidos no segundo ano de avaliação ressaltam o efeito benéfico do maior uso de tecnologia e da profissionalização da atividade para a obtenção de melhores índices, e mostram que mesmo a pecuária exclusiva pode ser muito mais produtiva. “Levando em conta que temos muitas áreas no país em que a agricultura não é uma possibilidade, o silvipastoril não é viável, por impedimentos de mecanização ou de logística, esses números trazem a possibilidade de fazer um sistema produtivo de pecuária tradicional. Desde que de maneira empresarial. Desde que buscando manejo de pastejo de maneira muito coerente. Esse nível de desempenho animal, mesmo que com suplementação, é muito associado ao bom manejo do pastejo”, afirma.

Ele ressalta que esses números são viáveis fora do experimento. “O grande ponto é o manejo do pastejo. Eu preciso colher bem. Se eu adubo e não colho, isso vai virar matéria orgânica e carbono no solo, o que é bom, mas também queremos produzir boi”. Nesse aspecto, ele reforça a importância do pecuarista estar atento à altura do pasto. No experimento, foi utilizado o número de 30 cm, que está entre o recomendado por pesquisas (de 30 cm a 40 cm de altura). “É preciso olhar para a braquiária no pasto e pensar que se está acima dessa linha de altura estabelecida, eu estou perdendo dinheiro. Se está abaixo, tem que tomar cuidado, porque pode começar a entrar em degradação”.

Ele ainda afirma que o pecuarista pode intensificar 1/3 da propriedade e trabalhar com o restante de forma mais tradicional. “Assim eu posso fazer ajuste da taxa de lotação. Em 1/3, faço pecuária muito bem feita, na forma mais empresarial possível, e consigo entre 30 e 40@/ha/ano. Nas outras áreas, fico perto da média nacional. Com isso, já consigo elevar a média da minha fazenda para mais de 13@/ha/ano”.

Além do manejo de pastagem, a individualização do boi e a gestão de todos os dados levantados também é muito importante. “Um dos erros que cometemos é partir para a intensificação, suplementação, mas sem mensurar o indivíduo, essa interface do animal com o pasto. Precisamos ter bois numerados, pesar mais o animal para saber qual ganha peso e qual não. Eu preciso identificar onde comprei o boi que não ganha peso e não comprar de novo lá”, exemplifica Pedreira.

Benefícios do ILPF – Além do aumento da produtividade, Pedreira acredita que os sistemas ILPF trazem maiores possibilidades para o produtor dentro da porteira, aumentando as opções na tomada de decisões. “Se você já tem dentro da fazenda, soja e milho ficam baratos. Posso suplementar 0,2% de peso vivo ao dia – ou até mais – o ano inteiro se eu quiser. Se ele é só criador, depende do preço do bezerro. No ano em que o bezerro está com preço bom para ele, ganha dinheiro, no outro não. Se você tem o ciclo completo, se tem lavoura e floresta, passa a ser menos dependente do mercado e mais tomador de decisão da porteira para dentro. É um grande pacote tecnológico que traz muitas opções para o pecuarista”.

Sombra – Apesar de no ano 2 do experimento a sombra não ter tido impacto no ganho de peso dos animais nos diferentes sistemas como no primeiro ciclo da pesquisa, Pedreira afirma que a importância do sombreamento permanece. “Precisamos buscar bem-estar animal e, quando os animais procuram sombra para ruminarem e ficarem em ócio, estão nos contando que precisam disso”. Segundo o pesquisador, mesmo fora de um sistema ILPF, há a possibilidade de se ter árvores nas laterais dos piquetes, nas áreas de lazer, próximas à água ou em bosques menores. “Temos visto em algumas fazendas pecuaristas que fazem a borda do pasto com árvores. Não pode ser árvore isolada ou então você cria malhadores e começa a ter perda de áreas de pastagem, o que afeta a produtividade, mas ao longo de uma cerca, por exemplo, você consegue algumas centenas de metros de sombra”.

Planos e Parceria – A pesquisa com pecuária de corte em ILPF é conduzida pela Embrapa Agrossilvipastoril em uma área de 72 hectares localizado no campo experimental da instituição, em Sinop, MT. Na época das águas do ciclo 2016/2017, mais de 200 animais estavam no pasto. Em julho, depois do término do ano 2 da pesquisa, novos animais já foram colocados na área para iniciar o ano 3. “Nesse terceiro ciclo, decidimos entender o efeito de ano, porque as respostas podem variar em função do ano, então vamos manter a suplementação e adubação do período 2016/2017”, conta Pedreira.

De 2015 a 2017, durante os dois anos de avaliação dos sistemas, a Acrimat foi parceira no projeto, financiando parte dos custos do experimento, mas a cooperação terminou este ano. “A parceria estabelecida nos dois últimos anos com a Embrapa apontou que é possível aumentar a produtividade nas propriedades, viabilizando o desenvolvimento sustentável nos âmbitos ambiental e econômico. Agora precisamos difundir as técnicas que possibilitam produzir mais carne em menores áreas e de forma integrada com outras atividades”, avalia Marco Túlio Duarte Soares, presidente da associação.

A Acrinorte, por sua vez, desde 2015 fornece os animais para as pesquisas, parceria que foi prorrogada até 2019. “Essa parceria é fundamental para nós e para a região também. A Embrapa é a nossa referência em pesquisa. Esse trabalho nos mostra que a pecuária tem por onde andar. Tem espaço para evoluir. Às vezes pecuaristas falam que não tem como ter o mesmo rendimento que a soja, mas estamos vendo que com tecnologia e manejo correto, tem como ter rendimento igual ou até melhor”, analisa o presidente da Acrinorte, Olvide Galina.


23 ago 2017

SENAR LANÇA VÍDEO SOBRE ILPF

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é uma das tecnologias do projeto ABC Cerrado

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é sinônimo de agropecuária moderna e sustentável que ocupa um espaço cada vez maior no país. É uma das tecnologias de baixa emissão de carbono incentivadas pelo projeto ABC Cerrado, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) em parceria com o Ministério da Agricultura e a Embrapa, com o apoio do Banco Mundial.

O vídeo mostra como funciona a iLPF e quais as vantagens que o produtor tem ao adotar a tecnologia. “O iLPF é uma evolução da agricultura tropical para que nós façamos aquilo que nunca foi feito no mundo ainda, uma integração no processo produtivo e operador de uma fazenda que lhe dê o máximo de resultados com seus recursos naturais. Você tem quatro safras. Isso não existe no mundo”, destaca o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, nos primeiros minutos do vídeo.

“Essa é mais uma ferramenta de disseminação de conhecimento que o SENAR disponibiliza para o produtor brasileiro que, além de conhecer mais sobre a tecnologia, vai ter a oportunidade de ver os resultados da iLPF em algumas propriedades”, explica o coordenador do Projeto ABC Cerrado, Mateus Tavares.

Assista ao vídeo: http://bit.ly/2irzodJ